segunda-feira, 23 de maio de 2011

Deixa eu te esquecer aos pouquinhos?

Saia devagar tal qual um amante na madrugada.
Por favor não corra.

Dilua-se dentro de mim até restar só a voz.
A voz que já disse eu te amo e que agora só grita me esqueça.
Eu quero que você se desintegre calmamente, pedaço por pedaço, até restarem apenas os olhos, os mesmo que me fitavam carinhosamente bem antes de conterem esse ódio.

Me dê seu rosto cravado em mármore só pra lembrar como era sem essa feição escancarada e cruel.

Não finja que se importa.
Só deixa eu te esquecer aos pouquinhos.

terça-feira, 29 de março de 2011

Cavaleiro de Papel

E tudo se resume a uma mesa de bar,
Garrafas, cigarros, vidros estilhaçados.
De repente um cavaleiro de papel pede um olhar,
Eu olho.
E tudo se transforma num mar de certezas incertas.
Ninguém mais sabe se a água queima ou gela.
E no final, a única incerteza certa
É a de que o cavaleiro de papel é mel e fel.
Ele sai musicando com sua guitarra pelas estradas da vida vã.
Pobre cavaleiro que não encontra seu destino
E se perde na vida dos comandados,
Esqueceu sua arte e seu brilho.
Esqueceu de se encontrar.

sábado, 12 de junho de 2010

Ganância.

Eu queria um sorriso,
queria um amigo,
queria um abraço,
um beijo.
Só queria um coração,
uma vida,
uma alegria,
mas não tenho.
Então só quero querer.



- Mas que drama minha fía. Credo wai. (faz long time que eu coisei esse negoço, que bão né?)

Sobre pés.

" Descobri que Luciomar me amava quando me fez carinho com os pés. Eu tenho uma concepção que ninguém faz carinho com os pés em qualquer um. Tem que ter intimidade, tem que ter amor.
Você não vai alisando seus pés nos pés dos seus amigos, e nem mesmo depois da primeira noite de sexo. Precisa de todo um ritual repleto de sentimentos por detrás de tal ato.
Já eu o amei desde o dia em que eu soube seu nome, antes mesmo de conhecê-lo. A propósito, eu me chamo Luciana, mas todos me tratam por Luci. Daí o meu fetiche pelo nome Luciomar, me lembra algo como um mar chamado Luci. Entende?"

- Continho sem propósito.

Sempre amor.

" Cansei de escrever sobre o amor,
por que cansei de vive-lo.
Prefiro falar da natureza,
o mar, o sol, flores e florestas,
mas assim eu teria que amar para ver a magia da beleza.

Eu posso falar do exílio,
como todos os poetas mortos,
mas ainda assim haveria o amor que preenche a saudade sentida.

Talvez eu me transforme em Alvarez de Azevedo e escreva sobre a morte.
Porém sairia frustrada por que para sê-lo seria necessário ver amor na virgem cova.

Droga de sentimento insistente".

Nostalgia poética.

Acho que o que realmente me aflinge, é que em algum momento eu joguei fora o amor que sentia por você, e isso afetou seriamente a emoção das minha palavras rebeldes. Já procurei nos cadernos, e até na caixinha de sentimento, nada. Por pura falta do que escrever, irei simplismente me agarrar a nostalgia e colocar aqui escrivuras (ainda mantenho minha licença) passadas.

Greve.

Em greve com minha palavras, elas simplesmente decidiram não me obedecer, assim, do nada. Tenho motivos para fazer todas as declarações e reclamações para um poema perfeito, mas não sei mais dominar a minha escrita.
Lástima.